Sim, sei que te dói a alma,
Sei que o céu te é escuro,
Sei que é falsa essa calma
E sei que temes o Muro.
Sei que o teu caminho
De mansinho se encurvou;
Sei que voltaste ao ninho,
E que o círculo se fechou.
Sei que não vês amanhã.
Sei que o ontem já passou.
Sei que a Vida não te é sã
E sei que o teu sonho voou.
Mas, sorri, faz de conta,
Avança pela avenida.
Não é coisa de monta,
Entre tantas, uma vida.
E sabe que eu sei de ti.
Sabe que sou impotente.
Sabe, e sofre, e sorri.
Olha nos olhos e mente.
Não há nada a fazer.
Sofre, sorri e avança.
Amordaça esse teu ser:
A morte nunca se cansa.
Hélas!
6 comentários:
Poça! De quem é isto?!
Marques Correia: Aquilo que não é meu (até agora ainda nada, mas o futuro a Deus pertence) terá sempre uma referência à origem...
Hélas!
Poça, poça!
I'm impressed ... e eu pouco me impressiono com poesia!
... e lá vem a trampa da cópia de caracteres (é para praxar o pagode, é?!)
uáu! até o meu irmão se inibiu de palavrões! Caramba!! esta mulher espanta-me!
Marques Correia: A cópia de caracteres é um preço a pagar para eu não estar a ler e raciocinar respostas para máquinas de spam. Lamento a inconveniência mas não abdico da comodidade!
Sabes, acho que a poesia não é mais nem menos que a vida – estranha, estúpida tanta vez, frequentemente maçadora… Mas outras vezes toca-nos. Anyway… Thanks, parece que desta vez me consegui exprimir. Por muitas e variadas razões, este elogio é precioso, para mim.
mcorreia: Não te apresentes tão light, Seilá, que eu bem te conheço…
Hélas!
hoje um desafio aqui
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