quinta-feira, 1 de maio de 2008

Lego

É mais fácil destruir que construir, certo? Pois.

Mais difícil que ambos e raramente referido (provavelmente é considerado implícito em construir, um erro que talvez aborde mais tarde, quando me der a pachorra, eheheh), é modificar - sem destruir nada, influenciar o que existe para se tornar em outra coisa, planeada e conscientemente.

E agora é que são elas: tudo se modifica a todos os momentos, quer a gente pense nisso ou não; influenciamos tudo e todos em todos os segundos, quer a gente se aperceba disso ou não; fazemos todas as árvores pender, mesmo sem nos apercebemos que estamos sempre a soprar; e (quiçá o pior de tudo!) nenhum destes efeitos é visível no imediato... Pessoal, não nos damos conta!!!

Como fazem as pessoas decentes para andar tão despreocupadas?!

Serão ceguinhas, inconscientes e só eu no mundo inteiro é que tem 2 dedos de testa? mmmmhhh... Ou sentem-se satisfeitas na sua consciência de que fizeram o que puderam pelo que acham bem (uma treta, nunca sabemos realmente do que somos capazes)? Mas não é suficiente, não vêem?

Que é que interessa fazer o que se pode, se o que se pode não chega? Além de que nunca fazemos o que podemos, longe disso. Fazemos o que queremos, há uma enoooorme diferença.

Hélas!

2 comentários:

Fátima Santos disse...

e porque carga de água não ode um pessoal decente como dizes, ou outro, ou com outra conotação que o decente tomaria por teu semelhante e, que dizer dos que eu, como decentes, assemelho a mim e são todos esses e os demais que eu pergunto: porque raio não podem viver desacansadas apenas porque um traque de cada uma amanda gases de efeito estufa que derreterão os gelos da calote ártica daqui a uns biliões de anos OU porque o meu espirrar fez tremer as assas da borboleta ou desviou dela o pólen que faria brotar nova floresta de aqui a um quatrilião de anos...
divirto-me, é evidente, mas é que a tua forma arredia ao concreto ESPANTA-ME!
e lembrei-me daquele slogan que ouvi já nem me lembro onde: " a invenção do século foram as fraldas descartáveis" num a propósito que transcrevo: - de cada vez que o mecinho caga na cómoda fralda e a mão fica liberta do esforço insano de lavar, corar e secar o pano,jogando-a num baldão, quantas peças de lego se abanam e caem ano a ano...
pois concordo, sim: a gente se fizer o que pode, em vez de só o que quer, talvez se note a diferença e desnecessite este palavreado chato à bessa

(visão ecologista do texto que outras me assaltaram, mas disse-me: cuida-te, MCorreia que esta merda é pública)

mac disse...

mcorreia: Sim, eu sei, é um palavreado chato para caramba e ainda por cima deixa-nos meio maldispostos e com a sensação de que não merecemos o sol na cara e a aragem nos cabelos, e nós nem nunca fizemos mal a ninguém!... (pois, nem nos desviámos 1 m para fazer bem, se forem 2,5 m então nem pensar, mas quem é que quer saber disso? Não é nossa obrigação, pois não?).

Eu sei! Podes crer, EU SEI!

Percebes porque nunca dei ordem de soltura a tanta coisa? E o trabalho do porteiro está cada vez mais difícil. E eu não concordo com isso mas palavra que percebo muito bem os gajos que não permitem coisas inocentes porque podem tornar mais fácil no futuro deixar passar as coisas não-inocentes.

Hélas.