terça-feira, 20 de maio de 2008

Fundações

Que fazer, quando não aguentam? Quando construímos, pecinha a pecinha, um edificio (ou casita, ou casebre, para o caso tanto faz) cujas fundações são afinal fracas mas que aparenta continuar em pé, aparte uma racha ou outra (provavelmente no início até seriam fortes e sólidas mas depois foram-se degradando com o tempo e a vida...)?

Esperamos que mais ninguém note e perpetuamos o equívoco? Voltamos as costas e partimos para outra, com mágoa ou sem ela mas sem enganos? Ou destruímos conscientemente o antigo edifício e construímos um novo mais adaptado à realidade das fundações?

Eu (até!) sei que cada caso é um caso e que muitas vezes até são as excepções que fazem a regra, Mas o que é que é melhor ter como princípio, dado que o tempo e os materiais são, como toda a gente sabe, bens escassos?

E teremos nós a capacidade, a resistência, a força, de seguir aquilo que de facto achamos melhor?!?

Hélas!

2 comentários:

Fátima Santos disse...

não sei
não sei mesmo se será melhor (e para que proveito ? e em que escala?)deixar cair, escavar as poucas pedras que ainda escoram dois pilares bambolenates, retirar materiais enferrujados, pedras soltas, uns quantos azulejos, talvez ainda se aproveitem para reconstruir alhures...
ou reforçar com vigas, escorar paredes, colocar algidares aparando chuvas...???

não sei e tenho muita pena desta dúvida...

(no meu mais fundo, talvez preguiça, talvez cobardia, talvez outra coisa que também desconheço ou tenho pejo em afirmar dizendo: é isto...
no meu íntimo prefiro o cantar doce dos pingos da chuva e a caliça escorregando, noites longas, pelo interior das paredes...)

mac disse...

mcorreia: Pois, eu também não sei...

Sei que me parece muito melhor o cantar doce dos pingos da chuva, escorrendo ou não pelas paredes rachadas: uma sinfonia plena de paz.

Mas verdade verdadeira, acho também que só gosto dessa música porque, quando me canso ou fico com frio, tenho um tecto e uma cama secas.

Ora batatas. Tenho (pelo menos!) 2 personalidades, já sei.

Hélas!