Os ingleses têm esta frase, que eu adoro. D'ont you die on me! Todo um tratado de filosofia num simples pronome.
A morte não afecta quem morre, pelo menos não na nossa dimensão de vivos. Não, nessa dimensão, afecta quem continua vivo, mais livre e mais pobre. Meus irmãos de alma, por favor, por grande favor, aguentem-se à bronca e não me libertem.
D'ont you die on me! Nem se atrevam. Porque eu fico livre para fazer asneiras, porque são vocês quem me segura no caminho, porque são a razão primeira para eu recusar o abismo.
D'ont you die on me. Eu não quero ser livre e pobre de vocês; quero estar agrilhoada pela vossa existência e ser rica dessa presença. Quero impôr a mim mesma as peias do sentido da vossa existência. Aguentem o que for preciso aguentar mas, por favor, d'ont die on me...
Hélas!
A morte não afecta quem morre, pelo menos não na nossa dimensão de vivos. Não, nessa dimensão, afecta quem continua vivo, mais livre e mais pobre. Meus irmãos de alma, por favor, por grande favor, aguentem-se à bronca e não me libertem.
D'ont you die on me! Nem se atrevam. Porque eu fico livre para fazer asneiras, porque são vocês quem me segura no caminho, porque são a razão primeira para eu recusar o abismo.
D'ont you die on me. Eu não quero ser livre e pobre de vocês; quero estar agrilhoada pela vossa existência e ser rica dessa presença. Quero impôr a mim mesma as peias do sentido da vossa existência. Aguentem o que for preciso aguentar mas, por favor, d'ont die on me...
Hélas!
4 comentários:
a gente já por aqui falou disso, ou foi em outro lado, mas como eu tou pondo a escrita em dia do fim para o princípio, respondo-te de modo coerente: tás vendo? mais uma vez, te colocas do lado do teu LÁ que é esse não ME morras e que se dane o outro que se vá mas que eu não seja tá igual ao tipo tão necessitado tão simbiótico que ele morrendo ME falte a mim uma parte que eu não ME sofra e que tu não ME morras para que eu não me sinta sem balizas e acabe no abismo...
mcorreia: Maria, ou eu ando confusa ou tu é que andas... Das duas três!
Eu não estou do lado do MEU lá, estou do lado do TEU lá... Pela própria definição de LÁ. Lá é onde não sou.
E o outro, quando se vai, não se dana - quem se dana é quem fica... A pena pelo defunto, as mais das vezes, é apenas pena por nós próprios: subitamente tão pobres. E parece-me que ser assim não é ser necessitado, egoísta ou simbiota (?!), é ser simplesmente, humildemente, Humano.
Discordas?
Hélas!
não :)
contradições...
mcorreia: Eu nada tenho contra as contradições, desde que conscientes... É o que tento fazer com as minhas!
:)
Hélas!
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