sábado, 21 de junho de 2008

Sábado

Hoje é sábado, dia de descanso. Obediente, cá estou eu descansando - todo o dia de pijama - que nem ir ao café fui porque cansa muito...

E sabe bem o descanso, com todos os interesses e esforços deliberada e determinadamente ausentes.

Só tenho pena que não haja um descanso de nós próprios, um dia de vez em quando em que nem para nós estivéssemos presentes...

Era bom, não era?

Hélas!

4 comentários:

Marques Correia disse...

Francamente, não vejo em quê.

Fátima Santos disse...

supimpa! daqueles desejos que dava até para pagar promessa...caso desse...
assim: tu ficas sentada por aqui, podes fazer o que entenderes, que eu vou descansar-me de ti
sabe, cunhada, tem um perigo, para mi tem: a merda que faria gaja que sou eu sozinha sem o meu controle
e depois...quem pagava? a je, tá vendo no que dava
coisa boa para si que tem um eu certinho
vendo ainda chegava a encontrar-se depois do descanco e tinha tudo limpo, gaveta arrumada, aquela carta escrita para tia e a outra pró padrinho ou na volta tinha só dormido
mas eu, euzinho sem a mim por pertro, creia era disparate certo
(a água hoje estava tão boa!!!)

AC disse...

É possível descansarmos de nós ou pelo menos da nossa consciência.

Eu consigo fazer isso quando pinto e desenho mas talvez de forma mais consciente seja quando escrevo argumentos de BD. Nessas alturas deixo de ser eu e passo a ser as minhas personagens: não haverá uma restiazinha de mim no meu consciente.

Já li algures que os actores por vezes também o fazem, deixam que as personagens encarnem inteiramente neles.

Sabe muito bem descansar de mim de vez em quando. Só fica o medo de ser para sempre e não se conseguir voltar...

Bj

P.S.: Este texto consegui ler porque é pequenino: a tese ainda não me deixa respirar...

mac disse...

Marques Correia: Pois invejo a tua sorte!

mcorreia: Sabes o conceito de férias? Vais, vives noutra realidade diferente, e depois voltas e nada se passou, foi apenas um intervalo para os anúncios. Era assim, sem perigo de encontrar gavetas arrumadas...

AC: Sim, já ouvi falar nesse fenómeno, que inveja! Suponho que é coisa de quem tem alma de artista, característica que prima pela ausência no meu Eu. O sucedâneo mais à mão é pastelar frente à TV. Não é tão eficiente, mas lá vai dando para as necessidades...

Hélas!