terça-feira, 29 de abril de 2008

Ficção científica?

Li - reli, na verdade - num livro de FC a referência seguinte: os animais (subentendido: os animais são inferiores do ponto de vista do uso da razão) são muito sérios. A vida é um caso muito sério - comer ou ser comido, procriar ou não, fazer a espécie sobreviver. Tudo questões de importância fulcral.

Por outro lado, as espécies dotadas de uma razão mais desenvolvida e sofisticada, sofrem de Humor. São capazes de se rir de si próprias, da sua espécie e do seu futuro. Conseguem, ao mesmo tempo que riem, fazer as coisas mais surrealistas, sacrifícios pesados e batalhas sem quartel. Mas riem-se. De si próprios, dos outros, da situação.

Bolas, eu nem vi a fila quando distribuiram esse bem - nesse aspecto, devo estar ao nível evolucionário dos vírus. Ou se calhar das alforrecas, porque eu até me rio; mas é sempre outro a descobrir a comicidade e mostrar-me quão risível é tudo... Abençoada malta!

Hélas!

10 comentários:

Fátima Santos disse...

eu bem que me pareceia que nem na curva da fila te vislumbrara, amiga!
inda cuidei chamar-te, mas séria que te via, ficaste olhando o meu riso parvo acenando-te; e a fila seguia o seu ritmo na distribuição do que me coube: parco e desencontrado, mas vai dando prós gastos...

mac disse...

mcorreia: Lembraste-te de mim, viste-me e não me chamaste, não me deste um encontrão?!? Não me guardaste um tico, não sonegaste uma migalha escondida no canhão da meia, não fizeste de conta que era para o cão e pediste um osso?!?

Não, não te perdoo. Hei-de pegar-te uma febre, morder-te nas costas quando estiveres no bem bom da meia praia. Vais ver.

Hélas!

Marques Correia disse...

Meninas,
eu, realmente não vos vi na fila em que estava (era uma bichona, por acaso...), mas pensei que já se tinham aviado à ganância, ambas as duas, e se tinham pisgado, uma para cada lado, mas falando-se ininterruptamente pelo messenger, agarradas ao portátil e rindo à socapa do pagode.
. . . . . . .
Afinal... não?!

mac disse...

Marques Correia: Pois, que hei-de fazer, se nem vi a bicha? É que teria aguardado pacientemente pela minha vez.

Mas pronto, está bem. Desde que soube que há malta que se aviou por lá, privilegio interesseiramente a convivência com esses tipos. Confesso.

Hélas!

Fátima Santos disse...

ah! pois minha linda baixas a bolinha que quem se aviou da DOSE sempre vai dando para snifar gentinha distraída
e caso possas, diz a esse rapazito que à ganância eu nunca o faria - penso sempre nos outros, tu bem o sabes...
e mais: por favor, se me queres mal por te tirar o riso (o tal) roga-me pragas de Alvor, mas por amor do tal S. Teotóneo, não me mordas as costas - que raio! nunca ninguém me tinha desejado tal mal...

mac disse...

mcorreia: Mordo, mordo e mordo. Nas costas e só quando estiveres distraída, a olhar para ontem.

Não por me tirares o riso - não tiraste, nem podias - mas porque não me trouxeste às escondidas do balcão da distribuição um pedacito, mesmo minúsculo, da capacidade de descobrir e expor o risível, para benefício de todos, a começar por mim.

E mordo com ganância, quero lá saber das outras alforrecas.

Hélas!

Marques Correia disse...

(agora com menos bacoradas, espero...)

Meninas,
S. Lenine (virgem e mártir) bem secundado pelo saudoso (hoje mais do que nunca)kamarada Mao Zé Dong teria dito, claramente, falando contra a propriedade privada, que "tudo aquilo com que nos aviamos é um aquilo com que os outros não se podem aviar".
Falava ex catedra,como sempre, referindo-se aos bens concretos que cada burguês possui os quais, pelo menos no acto de posse, não podem ser possuídos por nenhum proleta.
Daí que todo o acto de posse individual seja um acto ganancioso já que exclui todos os outros da posse desse bem individual.
Sob esta perspectiva, o acto de partilha não é mais que uma fase transitória que precede a decisão da posse por um dos que partilham ou por um terceiro que a eles se sobrepõe, à ganância, depois de os ver enfraquecidos na sua força, pela disputa, ou na sua pulsão de possuir, pelo efeito adormecedor da partilha.
. . . . . . .
Infelizmente não consigo lembrar-me em que manual estão vertidas estas interessantes teorias ou se(ai de mim!) não me terei limitado a desvirtuar o trabalho teórico daqueles destacados líderes (pronuncie o e do meio como e mudo, sff).

mac disse...

Marques Correia:Safa (com o primeiro a aberto)!

Acho que esses líderes (com o e do meio mudo) também não estiveram na bicha.

Hélas!

Fátima Santos disse...

gente de renome na tal bicha, só vi, dois cús sádios e roliços à minha frente, o Senhor, ou melhor o Filho: muito velhote, JC (lei-se tal qual escrito e com o ó aberto!)ainda buscava, ao que me segredou a mulher que me bafejava com odores de aguardente mesmo atrás: olhe lá o gajo ainda não desistiu de perceber quão risível é tudo...
(desapareceu-me na multidão nem lhe apalpei o manto santo... os demais não os vi, mac, dcerto não estiveram na busca (bicha?!)

mac disse...

mcorreia: Já tás mas é tarouca. O JC mais o pai revezamvam-se do outro lado do balcão, a distribuir a coisa!

Hélas!