Nunca hei-de perceber a embirração ou a desconfiança pela tecnologia.
Tecnologia é o pau na mão do macaco, é a pedra na barriga da lontra, são os arranha-céus das térmites - cada um tem aquela que a sua capacidade de obrigar a natureza a servi-lo consegue.
Porque é que em vez de se zangarem com a tecnologia não se zangam com o espírito que usa a tecnologia para fins criticáveis? Bolas, não são as pistolas que matam pessoas, são as pessoas com pistolas que matam pessoas! E agora dizem-me que a culpa é das pistolas?!? Que bom, que fácil! Proibam-se as pistolas e acabam-se os homicídios...
Já pensaram que antes de haver pistolas se calhar matava-se mais facilmente e com menos consequências?... É que as pistolas não vieram sózinhas, com elas vieram também outras coisas, aquelas que hoje nos permitem saber que foram mortos os mortos, como foram mortos os mortos, bradar publicamente contra as pistolas que mataram os mortos. E nunca é possível obter uma coisa sem a outra.
Que diabo, acho que é mais do que tempo do Homem reclamar a sua responsabilidade, em vez de se esconder atrás dos meios.
Hélas!
6 comentários:
O facto de se condenar o assassino e não a pistola não nos deveria impedir de evitar que se comprassem pistolas com quase tanta facilidade como se compram facas.
Afinal, que eu saiba, enquanto uma faca também serve para descacar batatas ou cortar bifes, uma pistola só serve para disparar balas, as mais das vezes contra pessoas ou bichos.
. . . . .
Não te sabia uma simpatizante das teses da NRA!
vê link http://www.nra.org/ não sei se vai ficar em hipertexto...
Boa Noite
As pessoas devem ponderar bem o uso de qualquer arma, mesmo que esta seja simplesmente o uso de palavras.
Amizade
LUIS 14
Marques Correia: Uma pistola pode também evitar que uma aberração me magoe a mim ou a quem amo. Pode evitar abuso do poder da força física. Pode caçar um almoço merecido. Eu não conheço as teses da NRA (mas já que falaste neles, vou lá ver o que é que dizem...) mas desde já posso afirmar que nunca uma pistola matou alguém; quem mata gente ou bichos, bom, estou profundamente convencida que os mataria com pistola ou sem ela...
O QUATORZE: Olá!
Plenamente de acordo. As palavras podem ser tão eficazes como qualquer outra arma... Quiçá ainda mais poderosas. Mas não interessa: no fim, não é nem a pistola nem a palavra o responsável, é quem as utiliza. Um dito que sempre detestei é "a ocasião faz o ladrão". Não faz - muitas vezes a ocasião se proporcionou e o ladrão não estava lá... Embora quase nunca se note a ocasião quando o ladrão não está lá, é um erro supor que o ladrão nasceu da ocasião - na verdade ele sempre existiu, nós é que só o vimos naquela ocasião.
Hélas!
ai! sabes para que existem leis? achas que valem a pena ou são desnecessárias?
esquece...
o teu post é sobre posse de arma ou sobre tecnologia'
muita misturada
pois eu acho que ... exageras tanto que só falta colocares uma pistola junto a cada berço e depois mudares o calibre á entrada para escola e depois...por aí fora
material de defesa...indispensável
(onde tens a tua?! na carteira? ah! é um chipe!!! que manda um raio...alta tecnologia, cunhada!)
vai ver ISTO
Maria de Fátima: Rapariga, porque és tão rápida a ler?!? É que ás vezes... Olha, vou tentar explicar de outra maneira, mas por favor não te irrites tão depressa que nem leias direito o que está escrito:
1º - As leis são necessárias. Não para proibir as pistolas mas para proibir que se mate gente. Com pistola, faca ou de mãos nuas;
2º - A BD é gira e tem graça mas não representa a realidade, representa aqueles que não sabem lidar com a realidade;
3º - A pistola é tecnologia: na idade da pedra matávamo-nos com pedras e murros. O artigo é sobre tecnologia, pistolas incluídas.
Penso que o problema nunca é a tecnologia, é o facto de os malandros terem acesso a ela. Mas isso não quer dizer que ache que deva ser proibida e só alguns eleitos é que possam aceder à dita cuja... Porque é muito perigosa nas mãos da maralha.
Sabes, é que eu sou maralha, Zé Povinho do mais rasca, mas nunca fiz mal a ninguém (acho eu); e não reconheço a ninguém o direito de me negar uma faca porque é perigosa nas minhas mãos (sim, a faca também é tecnologia, sabes, na idade da pedra, matavamo-nos com pedras e murros... Ah! Ás vezes também se usavam os dentes.).
E, já o disse aqui uma vez, acho que certas leis potenciam uma agradável desresponsabilização: a culpa do bebé se ter afogado quando foi comigo à praia não é minha, é do governo que permite praias sem banheiro.
Hélas!
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