terça-feira, 21 de outubro de 2008

O cego e o zarolho


Para quem não conhece a história, cá vai na versão rápida:

Estes dois apanharam um barco para a outra margem; por força da realidade, o cego ia remando, ao passo que o zarolho dava as indicações:

- Mais para a esquerda... Agora em frente...

Às tantas o cego dá uma remada em falso e acerta no olho bom do zarolho, que exclama:

- Arre, já está!

O cego, pensando que tinham chegado ao fim da jornada, apeou-se do barco e morreu afogado.
...
Às vezes, fico a pensar se o cego fez de propósito e foi a justiça poética das coisas que o tramou.

Hélas!

2 comentários:

Marques Correia disse...

Essa paga direitos, menina!!!
De qualquer modo é bom saber que alguém apreciou...

mac disse...

Marques Correia: Bom, é uma das duas minhas preferidas. A outra é a da diferença entre as conversas de alcova da ninfomaníaca, da prostituta e da dona-de-casa.

Preferindo eu de longe o irónico, obscuro e tortuoso humor inglês ao basicismo do nosso luso "Levanta-te e ri", é obra...

Hélas!