quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Como disse?


Só mesmo aquela abestunta seria capaz de dizer com ar sério que "Deus é má pessoa".

Dâaahhh... O que eu poderia desculpar a tantos outros, parece-me imperdoável num escritor, de quem se espera uma intimidade com as palavras incapaz de tão idiota incoerência.

Amanhã vos conto sobre o Três. Honra lhe seja feita, a aventesma é dos poucos homens que não conheço pessoalmente e que me irrita a ponto de me fazer mudar de rumo.

Hélas!

15 comentários:

kika disse...

estão-lhe a dar mais importancia do que a que ele tem na realidade.

claro que com isto tudo, vender livros é bom.

Alferes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Alferes disse...

Grande campanha de promoção do novo livro! Dividir para reinar. Não se pode dizer que o homem é burro.

Nota: apaguei o comentário anterior porque tinha um erro ortográfico e no tema em causa até ficava mal!

Blimunda disse...

O problema dele é que, ao contrário do que aconteceu com a Agustina, em criança não lhe disseram que era filho de Deus. Se o tivessem feito e ele tivesse levado a sério, hoje seria mais vaidoso.

mac disse...

Sam, será esse o intento? Nem sei. Às vezes parece-me que ele gosta apenas de se recostar e falar com aquele ar professoral, convicto que o deus que não é má pessoa fala pela sua boca...

Alferes, aprovo a sua medida!

Blimunda, sinceramente, não sei se era possível. Até o ego tem medidas máximas, a partir das quais rebenta.

Se calhar ficávamos todos mais bem servidos mas para ele era capaz de não ser agradável...

Luís Filipe Maia disse...

Eu até sou capaz de concordar com ele, sobre a crueldade divina, embora se perceba que o antigo testamento, não é exactamente um documento do sec. XX.

O estilo de super deus é que é execrável mas o de alguns críticos não é menos condenável.

O homem sabe é vender livros, não só pelo lado da qualidade da escrita, como da promoção atempada.

lenor disse...

Podemos fazer dois referendos nacionais. O primeiro para se dar ou não a Deus o estatuto de pessoa. Caso se dê, passamos ao segundo referemdo: se Deus é má pessoa ou se Deus é boa pessoa.
E pronto. Para que diacho servem as democracias?

mac disse...

Luís, não sei o que é crueldade divina, da mesma forma que não faço ideia do que é crueldade animal. Não está ao meu alcance nem uma nem outra pois estou aprisionada na minha natureza humana (e acho que o conceito de crueldade é um conceito humano também, mas não o consigo provar).

Eu não sou capaz de ajuizar da crueldade de um gato que apanha e larga um pardal até este morrer. Acho que não faz sentido aplicar conceitos humanos a uma entidade não-humana, seja ela superior ou inferior a mim - e, mais uma vez, superior e inferior são conceitos humanos, será que esta frase faz sentido?

Mas o homem é da minha raça, sobre ele posso ajuizar. E o juízo não é favorável, não...

Lenor, excelente ideia.
Tem de se contar com uma forte oposição dos crentes básico (os outros consideram que ao peixe importa pouco a votação das formigas sobre a sua naturalidade) mas acabava-se de vez com a polémica!

Fátima Santos disse...

a minha cunhada tem este mérito (matemático) ela esmiuça (que raio de termo que me soa irritante)e arruma: se é deus (Deus) não é pessoa e a partir daí nem há discussão sobre se é boa ou má
se a padralhada despessoasse o Deus a coisa ocupava menos tempo de antena...
é que se ele dissesse: Deus é mau...
parece que disse o Deus da Bíblia é...isto e aquilo
assim, e eu nem gosto do Saramago nem um pedacinho e menos ainda da sua fiel companheira, porque raio não pode o homem achar que DEUS, Deus mesmo, nem pessoa nem outra coisa, é um traçalho?!oméssa! atão e se ele, o Saramago por mero acaso,podia ser eu, não dava era tanto estrilho, nem acredita que o Deus é ( nem pessoa nem seja ele o que for..conceito e é um pau por um olho...), chamar-lhe nomes é pura fantasia...Não pode?!!!! em nome do respeito pelos que crêem? ah!!........

mac disse...

Maria de Fatima, tu às vezes tiras-me do sério... E não percebo como raio te dedicaste à Física.

Também nem parece que me conheces: estás a ver-me aqui e neste local, a defender que o homem devia estar calado por respeito a quem crê?!? Maria, por respeito a quem crê, não se diz a esse quem certo tipo de coisas que ele não está disposto a equacionar, mas nunca, mesmo nunca, se assume o que não se acredita. Como estás careca de saber...

Porque gosto muito de ti, vou detalhar: não faz sentido aplicar valores humanos a coisas não humanas - é mais ou menos a mesma coisa que medires o comprimento de uma estrada em pascals ou milibares. Até podes "medir" mas o resultado não faz sentido.

Ajuizar que Deus é alguma coisa que faça sentido para as pessoas é idiota. Se for deus, no mínimo é suspeito - eu não vou à TV falar do Zé das Pataniscas, a menos que ganhe alguma coisa com isso.

Mas eu suporto sorridente as duas vertentes. O que não suporto, o que me faz desviar do meu caminho, é que alguém que conhece a língua em que se expressa confunda (de propósito? Sem querer? Eu sei lá) Deus com deus.

Sinto que me estão a considerar - e mais alguns biliões de pessoas - estúpida. E isso, como sabes, irrita-me...

Marques Correia disse...

...também detesto a cavalgadura do nosso Nobel, tanto como gosto do escritor.

Agora, passei a apreciar imenso o publicitário - e vamos ver se o Stilwell tem razão e ele faz aumentar também a venda de bíblias.

A ICAR (nunca) agradece...

mac disse...

Marques Correia, achas que devia? Afinal, eles defendem que os fins não justificam os meios...

lenor disse...

aqui e aqui, estão as explicações mais interessantes que eu li - as que eu não li não contam - para o fenómeno.

mac disse...

Lenor, qual fenómeno?!?

lenor disse...

O cultural e mediático.