Barack ganhou o prémio Nobel da Paz.
Eu gosto dele, da sua estudada leveza, da pose, do savoir faire.
Quanto ao resto, sei lá?!? O homem só está naquela posição há uns meses, nem teve tempo de ler todos os arquivos dos assuntos difíceis, veremos os seus actos. Mas para já, é diferente do que estamos habituados, não é de graça que é um não-branco, o primeiro não-branco na Casa Branca.
Isto achei fantástico, só nos USA, esse país inquinado de preconceitos raciais, teorias do mérito e defesa despudorada do seu próprio modo de vida. Não sendo fã dos USA em tanta e tanta coisa, confesso que fiquei impressionada com aquele povo, quando o tipo ganhou as eleições - na liberal Europa parece-me impossível um não-branco subir a tal altura, para já.
Mas é conveniente realçar que não fiquei impressionada com ele, fiquei impressionada com o povo dele.
O Nobel da Paz é outro assunto. Que raio de provas privadas terá dado o homem (públicas parece-me que não há) para estar ao lado de Mandela que impediu, além de um passageiro banho de sangue, uma doentia propagação de ódio - que custa mais a ser absorvida pelo planeta que um saco de plástico?
Ele confessou-se espantado. Eu cá também fiquei mas no meu caso é o discernimento comezinho de uma pessoa vulgar. E também me entristece saber que o espanto pela barraca do Nobel o honra a ele mas não a mim, pela própria natureza da humanidade.
Hélas!
5 comentários:
acho o titulo muito bem escolhido.
este premio Nobel foi sem duvida uma grande barraca, daqui a um ano ou dois, talvez, tivesse uma explicação lógica agora, a meu, ver não teve.
palavras sábias
até eu que não penso, até eu fiquei dizendo, para aqueles com que prendo o fato, se não haveriam outros que a gente dissesse sim senhor foi por isto e mais aqueleloutro
agora assim, até parece que estão a condicionar o homem a colocar-lhe uma peia em vez de meritá-lo
A Maria de Fátima toca no ponto: condicionar! É isso que representa o prémio.
Sam, obrigada... Se bem que original - no sentido de que não roubei a ideia a ninguém, ocorreu-me que era um bom trocadilho - afinal não é assim tão original, pois disseram-me que os bonecos do Contra Informação chamam ao homem "Barraca Abana".
É claro que na altura em que lhe deram o nome não sabiam da barraca do Nobel, mas... Chego tarde, anyway!
Maria de Fátima, eu nem acredito, estamos de acordo??!!? Milaaaaagre (e nem tem nada a ver com ananás, seus descrentes)!
Alferes, uma barraca ainda maior.
Já há dias escrevi algures, talvez em casa da Saphou, que quando ouvi a notícia deste nobel o meu primeiro pensamento foi que terá sido atribuído como uma espécie de requiem, mas ao contrário - não da morte mas sim da paz.
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