quinta-feira, 10 de julho de 2008

Simplicidade e riqueza

Se o mundo fosse a preto e branco, ah! quão mais simples seria a vida! Isto está certo, pronto, aquilo está errado, ponto. Bons são os que fazem o que está certo, os outros fazem o que está errado e são maus. Simples, não é?

Mas o mundo não é a preto e branco e nem sequer se contenta com 456 graus de cinzento; tem cores: verde, azul, amarelo e mais umas quantas, cada uma delas com os seus inumeráveis graus. Depois há as misturas e claro! as suas incontáveis nuances...

Estão a ver, isto escancara a porta ao caos... Porque já não basta haver os maus que fazem coisas boas e os bons que fazem coisas más e bons e maus que fazem tanta vez a mesma coisa como também há os azuis que pintam de amarelo e os verdes que gostam de azul raiado de rosa... Até porque o objecto azul que comprei ontem, hoje me parece verde.

Como diabo é que uma rapariga se orienta, nesta interminável colografia? Pede socorro, sabendo que só lhe pode aparecer outro desorientado?!? Será que dois - ou três, ou quatro - desorientados fazem a desorientação conjunta mais orientada?...

Hélas!

2 comentários:

Marques Correia disse...

Podes sempre simplificar, dividindo a paleta de infinitas nuances em meia dúzia de quadrantes (dois, no limite).

Depois, subdivides o quadrante mais usado (o "mormal") em meia dúzia de sectores, o que já te permitirá, lidando com um número finito (e pequeno) de variantes, distinguir alhos de bugalhos (pode não te deixar distinguir um melão de outro melão igual; who cares?!).

De qualquer modo, se a realidade não é a preto e branco e as cores têm tanto do objecto colorido como do olho que o olha, tens é que relativizar e marchar em frente ou ficar sentada, nas calmas, se para aí estiveres virada.

Na boa...

mac disse...

marques correia; É o que eu faço, é o que eu faço... Mas, ai de mi! I care...

Hélas!