terça-feira, 8 de julho de 2008

Taxista

Quando faço deslocações em trabalho, se puder vou de metro mas se o destino não for lá muito compatível vou de táxi. Quando pago, peço um recibo e depois peço o reembolso à empresa - o trivial.

Nos últimos tempos, tenho ido de táxi com alguma frequência; estou neste momento perfeitamente acostumada a pedir um recibo ao condutor e, depois de pagar a despesa mais uma pequena gratificação por um bom serviço, ouvir do motorista (acho que as gorgetas estão fora de moda e eles estranham mas eu sou um bocado antiquada nalgumas coisas):

- Se tivesse dito, eu tinha-lhe passado uma factura nesse valor...

É nessa altura que eu explico que a empresa tem de pagar a viagem mas que a gratificação é da minha responsabilidade - não era necessária e eu é que a decidi dar, pelo que a empresa não tem nada a ver com essa questão.
Tem sido sempre assim em todas as viagens em que gratifico o taxista.

Hoje viajei num táxi com um motorista algo sui generis que, para além de comentar pontual e descontraidamente sobre isto ou aquilo, sem forçar nem a conversa nem o silêncio, me colocou no destino em tempo e dinheiro imbatíveis.

Maravilha das maravilhas: foi o primeiro, desde que esta época mais taxística se iniciou (já lá vão bastantes viagens...) que agradeceu a gorgeta com um sorriso aberto e um "Muito obrigado!" e não necessitou de qualquer explicação.

Confirma a minha idéia que o pior do mundo são as etiquetas. Há lá coisa pior que colar uma etiqueta a dizer "TAXISTA" num homem?!?

Hélas!

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