sábado, 12 de julho de 2008

Pessoas

Há pessoas que, pura e simplesmente, não têm remédio. São como são e põem-se em certas situações, repetidamente.

É claro que serem como são não significa que nasceram assim (bom, nasceram com as tendências com que nasceram) mas de qualquer forma são assim. Formadas pelas suas experiências, influenciadas nos seus anos de formação pelas forças que existiam na altura, consolidadas pelas decisões que tomaram ao longo da vida, são assim.

Sinceramente, penso que toda a gente é sempre passível de mudança e portanto também estas o são; mas em certa altura do campeonato a sua mudança requer um choque. Nalguns casos e nalgumas circunstâncias e com algumas pessoas, penso que eu poderia fornecer esse choque. Mas... Não, não posso.

Quer dizer, até podia no sentido em que estou na posição de o fazer. Mas para isso teria de dar a mim própria um outro choque - e não creio que me fizesse bem, porque implica ter uma atitude que fria e eticamente não aprovo.

Depois, também há os outros considerandos: Será que o choque dado surtia o efeito desejado? Ou iria destruir outras características, alguma raríssimas e muito boas? Ainda mais importante: quem sou eu afinal, para decidir que alguma pessoa seria melhor se não fosse como é mas sim como eu acho que devia ser num aspecto em particular?

Já viram? Se não faço o que posso fazer, pode ser por simples egoísmo (porque ia fazer-me mal), pode ser por insegurança ou ignorância (será que vai melhorar este problema concreto na pessoa ou vai é piorar a pessoa na sua natureza?).

Mas se faço o que posso fazer, há outros problemas: em que raio de pessoa me estou eu a tornar, com uma acção destas (pelo fruto se conhece a árvore...)? E quem é que me encarregou de decidir que esta ou aquela característica está certa - para além de ser a minha - e a outra está errada?!?

E faça eu o que fizer, será que fiz o que está certo? E fiz pelo motivos correctos?

Batatas. Porque é a vida tão complicada?!?

Hélas!

Sem comentários: