sábado, 13 de junho de 2009

Humanidade III


Estive a ver um documentário sobre elefantes.

Como são apanhados. Como, depois de apanhados, são submetidos ao ensino da obediência, antes de os ensinarem a trabalhar... Nada de especialmente violento ou maldoso, apenas barulho e estímulos tácteis permanentes durante cerca de uma semana, o necessário e suficiente para lhes quebrar a vontade.

É sempre triste a perda de liberdade, triste a sujeição a quem é mais forte. Muito mais triste ainda é essa sujeição ser interior e não apenas coisas físicas que nos limitam, correntes ou grades.

Às tantas, a voz off informa-nos que durante tal ensino, alguns simplesmente morrem, outros enlouquecem. Os que resistem estão aptos a aprender a trabalhar.

Os elefantes são parecidos connosco, acho eu. Aliás e relembrando uma outra reportagem sobre ursos (também morrem, enlouquecem ou sujeitam-se durante o treino) chego à conclusão que temos realmente muitas parecenças com os nossos primos mamíferos, mesmo sem ter pelo ou cauda.

A maior diferença de todas é mesmo a capacidade de escravizar outrém. E por muito de me doa, é graças a ela que estamos onde estamos; além de matar e escravizar, curamos o cancro e temos centros de acolhimento de animais moribundos.

Ora batatas.

Hélas!

2 comentários:

jg disse...

Minha querida, no reino animal não há besta que nos chegue!!!!

mac disse...

jg, sim, somos as bestas mais bestiais, sem dúvida.