Estive a ver um documentário sobre elefantes.
Como são apanhados. Como, depois de apanhados, são submetidos ao ensino da obediência, antes de os ensinarem a trabalhar... Nada de especialmente violento ou maldoso, apenas barulho e estímulos tácteis permanentes durante cerca de uma semana, o necessário e suficiente para lhes quebrar a vontade.
É sempre triste a perda de liberdade, triste a sujeição a quem é mais forte. Muito mais triste ainda é essa sujeição ser interior e não apenas coisas físicas que nos limitam, correntes ou grades.
Às tantas, a voz off informa-nos que durante tal ensino, alguns simplesmente morrem, outros enlouquecem. Os que resistem estão aptos a aprender a trabalhar.
Os elefantes são parecidos connosco, acho eu. Aliás e relembrando uma outra reportagem sobre ursos (também morrem, enlouquecem ou sujeitam-se durante o treino) chego à conclusão que temos realmente muitas parecenças com os nossos primos mamíferos, mesmo sem ter pelo ou cauda.
A maior diferença de todas é mesmo a capacidade de escravizar outrém. E por muito de me doa, é graças a ela que estamos onde estamos; além de matar e escravizar, curamos o cancro e temos centros de acolhimento de animais moribundos.
Ora batatas.
Hélas!
2 comentários:
Minha querida, no reino animal não há besta que nos chegue!!!!
jg, sim, somos as bestas mais bestiais, sem dúvida.
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