Que é que interessa fazer o que se pode, se o que se pode não chega?
Já uma vez falei disso, aqui. E a verdade é que cada vez mais estou convencida que fazer o que se pode é bonito e louvável mas o que eu quero realmente é que se faça o que é preciso ser feito...
O que é giro é que por causa disso chamam-me nomes. E com toda a razão, devo dizê-lo: não é a sabedoria popular que diz que quem faz o que pode a mais não é obrigado? Pois é. Mas para mim não chega, que querem?
É defeito de fabrico portanto não me chateiem, chateiem os meus tataravós.
Hélas!
6 comentários:
Não haverá por aqui algures, um conflito de personalidade? Não será "hélas" um lamento de resignação de quem faz o que pode e não o que tem que fazer? Parece, não sei?!!!
Blimunda: Não sei, sei lá?!? Quer dizer,que faço o que posso, isso sei. Que muitas vezes não chega, também sei.
Agora se "Hélas!" é um lamento de resignação ou um grito de guerra e revolta, ah! Se eu soubesse, o meu doutoramento não seria em BB. Quer dizer, acho eu...
Hélas!
Mac, não querendo ensinar-lhe coisa nenhuma, porque o meu doutoramento em coisa nenhuma mo não permite, deixo-lhe aqui o que sei sobre o termo "hélas".
Ora, etimologicamente, trata-se de uma interjeição que vem desde o se. XII e é composta por "hé" e "las" que significa " malheureux".
Marque l’affliction, le regret, la déception, exprime une plainte.
« Hélas mon corps habite la boule ronde qui flotte et tourne parmi les mondes ». — (Georges Larouche, Val-Menaud, page 100, 1952)
Sinónimo - malheureusement
Pois, se pretende emitir um grito de guerra ou revolta, proponho-lhe talvez, quem sabe, sei lá, um “Vive la Révolution”
Blimunda: Ora pois, que o dedo foi posto na ferida: se nem sei se me lamento chorosa ou se vou para a guerra bem armada...
De qualquer maneira, obrigada pelas explicações que, não evitanto uma tardia busca, estreitam utilmente a pesquisa. Sabe? Sempre associei - talvez erradamente, veremos - o termo "Hélas" a uma expressão do tipo "cá está: verdadeiro, evidente e triste"; mas mais concisa. Diga-se de passagem que a etimologia que apresenta não contradiz exactamente esta percepção. Bom, veremos...
Hélas!
Exactamente, aqui está uma reflexão com a qual concordo por completo.
Mofina Mendes: Os meus tataravós mandam dizer que agradecem (acho que estão fartos de ser chateados, coitados).
Hélas!
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