sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Metafísica


Irrita-me profundamente que confundam brio profissional com falta de vida própria.

Quando se assume uma responsabilidade profissional, é de esperar que esse compromisso seja honrado... Ou não? Só deve ser honrado quando não interferir com a vida particular?

Quando entram em colisão de interesses, a coisa deve ser analisada ou sujeita a uma regra cega do tipo "A tem sempre preferência sobre B"?

Certo, certo, é que qualquer que seja a resposta, haverá descontentes - pessoais ou profissionais. Sim, valha-nos isso para sossegar o espírito, há coisas que são certinhas como a noite.

Hélas!

3 comentários:

Alferes disse...

Brio profissional - só assumir responsabilidade profissional quando não interferir com vida pessoal.
Assim nunca há descontentes. A e B estão perfeitamente situados.

mac disse...

Alferes, como diacho é isso possível? Saber com antecipação todas as solicitações, pessoais e profissionais, que irão ter lugar ao longo de um ano, ano e meio, de maneira a saber se a responsabilidade pode ser assumida? Não, quando assumimos a responsabilidade, é como a carta para Garcia - é para ser levada, ponto.
Se não, mais vale dizer "Bom, quer dizer, no sábado tenho de levar a tia a Fátima, sabe se o Garcia por acaso fica em caminho?".
O que quero dizer é que é preferível não assumir uma responsabilidade que não estamos dispostos a cumprir; mais vale dizer de caras que "lamento, mas não tenho essa disponibilidade". E arcar com as consequências, porque há sempre consequências.
Quem eu não compreendo é quem quem quer o ovo inteiro mas diz que sim, faz o bolo. E quando chega a altura de por as claras em castelo, deixa alguém cair, mas a culpa é dos outros, claro.
Pessoais ou profissionais, a culpa é deles.

Alferes disse...

Exactamente Mac! Assume, está assumido!Com riscos inerentes e tudo! Esses de que fala, os dos bolos, não conseguem nem brio profissional nem vida pessoal. O que eu quis dizer é que a partir do momento que se "assume" não há desculpas!