Esta frase tira-me do sério, tira mesmo.
Eles têm que perceber...
Ele tem de aceitar...
Eles têm que ver...
Ele tem de...
É sempre na terceira pessoa, nunca isto se conjuga na primeira forma.
Tira-me do sério. Mas têm que, tem de, porquê?!?
Porque o orador acha? Vai buscar uma metralhadora se "ele" ou "eles" não cumprirem a sua obrigação de "ter que"??? Mata-se à pancada, os malditos que não cumprem tão clara obrigação? Ou matam-se de tédio com um discurso tão pobre, mas tão pobre, que a frase que se destaca é mesmo a "têm que"?...
Ora batatas, que a malta continua mesmo na idade das cavernas.
Hélas!
6 comentários:
Assim retirado do contexto em cada uma dessas frases é dita, até parece que tens carradas de razão. No entanto se calhar já dizzeste várias vezes frases como:
- Os espanhóis têm que perceber (vocês têm que lhes explicar) que a gestão do projecto é nossa e que eles não podem trocar o equipamento!
- Eles têm que ver os mails todos os dias e ao longo do dia e não apenas quando lhes telefonam a dizer: abre o Outlook que te mandei um mail.
- Ele tem de fazer isto ou aquilo porque se comprometeu connosco e nós com o cliente.
- Ele tem de aceitar a responsabilidade por isto ou aquilo, já que se comprometeu a fazê-lo.
E não é verdade que seja sempre na terceira pessoa. Estás marreca de dizer coisas no género:
- Tenho de fazer isto este fim de semana (que chatice!).
-Tenho que ver este contrato muito bem porque há aqui umas cláusulas um bocado trikies.
Etc, etc.
. . . . .
É verdade que algumas vezes exprimimo-nos como se achássemos que os outros têm que ... como dizes.
Mas só às vezes.
Eu tenho mesmo que trabalhar...arre!!!
actsist? tsist sim senhora!
o seu dilecto sobrinho, disse-me um dia: "mãezinha. vê se páras com esse constante: tenho que, tens que..."
espero ter aprendido...
(é tradutor de um estadio ansioso, pragmático e...chato)
Marques Correia, referia-me, neste caso, a frases deste tipo quando o "eles" são quem paga o serviço e define os termos em que o adjudica... E depois vem um caramelo dizer que "eles têm que perceber que a malta não funciona assim".
Já agora, tens que concordar que "tenho que fazer isto este fim de semana" tem um sabor bem diferente de "eles têm de perceber que a malta assim não quer", quando o serviço está definido, e pago dessa forma.
Blimunda, arre, que eu também: tenho mesmo de trabalhar, ainda por cima neste dia que tirei de férias.
PS.: já despedi o porteiro, pronto, não tsiste mais!
Maria de Fátima, não sei se o meu dilecto sobrinho tinha em mente o mesmo que eu... Que a julgar pelos comentários, como de costume ninguém percebeu.
Isto é que é uma sina! Foi preciso ter um blog para perceber que não sei escrever. Ou pelo menos, não sei escrever o que quero transmitir.
Como disseram lá atrás, arre! Que nem sei bem o que devo fazer para aprender... Que eu sei o abecedário todo e mesmo assim não consigo dizer o que quero...
tu sabes escrever...o que não sabes (ou fazes em coordenadas estranhas ao comum dos mortais) é pensar
Maria de Fátima, essa, doeu. Duplamente.
Porque estás enganada numa coisa, é facto que não me entendem por muito que escreva - quando o faz, o pessoal responde normalmente "ao lado", a questão principal em geral repousa ao abandono. Portanto não sei exprimir o que quero, independentemente da tentativa ser executada num português correcto.
Também é facto que o que faço não é considerado "pensar". Sobre isso tenho variados feedbacks como o teu, que de tão diferentes e respeitados lados que são, devo ter em conta.
Ouvi dizer que quem faz o que pode a mais não deve ser obrigado; mas como sabes, não acredito nisso.
Enviar um comentário