O rato é um animal tímido, prefere fugir e esconder-se quando se sente observado, é fugidio e prudente. Mas é persistente; foge perante o perigo não avaliado ou avaliado como demasiado perigoso mas espreita logo a seguir para ajuizar se o tal perigo já se escafedeu e já pode fazer o que quer...
Não o encurralem que vira fera. Arreganha os dentes e ataca com coragem, seja qual for o tamanho do atacante; se quiserem ver o espectáculo degradante de um ser vivo encolhido a chorar misérias e implorar misericórdia, nao peguem num rato porque ele não o fará. Se houver uma aberta, foge lépido e só não deita a língua de fora porque não é essa a sua linguagem; mas se não houver, morre lutando. O que um rato nunca faz é deitar-se de costas e sujeitar-se ao destino.
Eu gosto de ratos. Gosto mais de leões, que rugem à trovoada em vez de fugir ao perigoso e desconhecido barulho, mas também gosto de ratos. Agrada-me a sua recusa à rendição.
Hélas!
3 comentários:
Exactamente! Desistir, nunca!
Mac, não me apetece falar de ratos. Nem de leões apesar dos gajos terem dado uma valente goleada ao Porto ontem. Bem feita prós outros! Arrogantes! Hoje comigo é mais bananas e grelos e minhocas...
Beijinho amiga!
Alferes, antes a morte que tal sorte.
Blimunda, mantenho a minha teoria de que se dessem mais 21 bolas aos homens, haveria paz no relvado. Quanto ao resto, duvido francamente que as minhocas virem fera.
Bj!
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