Observem a lenha da lareira com atenção.
Peguem num dos troncos. Revirem-no, verifiquem a sua perfeição posta em relevo pelos nós na madeira, pela falta de lisura e pelas linhas tortuosas. Admirem a sua unicidade, não há dois tocos iguais. Passem os dedos pela superfície áspera e maravilhem-se pelo calor que, não existindo de facto, também não está ausente... Admirem as subtis mudanças de cor num pedaço tão pequeno que mal representa a unidade de onde veio.
Peguem noutro tronco e comparem: são os dois tão fantasticamente belos, com uma beleza comum que, apesar disso, é absolutamente única!
Meus amigos, a Beleza é uma coisa fantástica. Aquece a alma.
Hélas!
7 comentários:
... nada como uma boa fogueira para motivar uma m'cinha.
Hélas...
A beleza das coisas está na alma de quem vê.`
D. Alferes,
isso não implicará que, para um desgraçado com uma bela alma, tudo é belo.
Ora, se tudo nos aparece monotonamemnte belo, com que referencial é que um desgraçado se regula para que o belo faça sentido.
Deixo aqui uma musiquinha para ajudar a reflectir sobre o tema.
Sem querer faltar ao respeito à nossa anfitriã - Sr. Marques Correia, o "desgraçado com uma bela alma" não achará monotonamente tudo belo. Ele terá a capacidade de encontrar beleza em qualquer parte. Acho que não é um "desgraçado" mas sim um privilegiado capaz de tirar "gozo" de tudo, ou quase tudo, como por exemplo da musiquinha que escolheu e que agradeço.
Creio que a minha conterrânea distrital se esqueceu de acrescentar à máxima lá de cima, dependendo do seu estado do momento .
É esse o segredo... :)
beijo
Marques Correia, é verdade, aqui a mecinha adora fogueiras... Mas deixa-me dizer-te que o belo nunca é monótono... Embora as palavras que o descrevem talvez sejam.
Alferes, "D. Alferes"?!? Eu se fosse a si, zangava-me e sem receios :P que a anfitriã só se se sente desrespeitada quando há vontade clara de a ofenderem pessoalmente a ela...
Blimunda, não há dúvida que o estado do momento é fulcral. Olá se é!
Mofina, caramba, perdi-me. Já não sei se o segredo é o estado do momento, a fogueira ou o desgraçado da bela alma.
Ora, batatas.
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