Eu sempre disse que a Humanidade anda dois passos para a frente e um para trás e que isso, na contabilidade geral da coisa, é positivo. Costumo até referir que detestaria viver no séc. XIX, mulher ainda por cima, mas ainda detestaria mais viver no sec. XVIII; e é absolutamente verdade.
Como este ano é aziago, no meu cômputo geral sempre que avancei um passo dei comigo dois atrás.
O meu vizinho de cima, que regressou embora debilitado, febril e desejoso de viajar novamente, diz-me que eu sou parva e devia era andar de bicicleta porque quando os pedais andam para trás a dita cuja não lhes liga pevide. Não sei se com a gripe o tipo não diz coisa com coisa ou se, pelo contrário, diz coisas com muita coisa.
Só coisas que me ralam.
Hélas!