S. Pedro chorou lágrimas doces quando as minhas férias chegaram ao fim.
Quando eu me vinha embora daquela terra de ciganos, contrabandistas, algarvios e outra gente de mau porte, havia folhas arrancadas às árvores e a maralha andava curvada, em homenagem. Tal era o seu fungar desgostoso.
Quando cheguei a Lisboa o pranto dos céus não permitiu o normal descarregar da bagagem e por momentos julguei que alguém com asas desceria à terra envolto em luz para me ordenar de viva voz que voltasse para casa, já!
Hoje quando saí para o trabalho, o dia estava frígido de desgosto e as folhas outonais dançavam danças de saudade no chão.
Mas que querem? O amor dos santos é inconstante - à tarde tive de despir o casaco, pois S.Pedro anda a fazer pé de alferes a outrém...
Hélas!
3 comentários:
Devia ser proibido contrariar dessa forma ignóbil a vontade dos deuses. Depois é que se vê: dilúvios incontroláveis de lágrimas. Eu,por via das dúvidas por casa me tenho, ora. Não sou tolinha, nem nada!
Bli, devia ser proibido, sim. Por lei!
...mas em compensação, a chuvada lavou-me o carro que, ao fim de duas semanas de Lagos, estava porquíssimo.
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