segunda-feira, 24 de maio de 2010

A quadratura do círculo


São 4 mas só 2 é que aparecem, a 3ª gosta de se esconder atrás de belíssimos, frondosos, apetitosos vegetais e a 4ª é virtual no caixote comum, a cada um as suas couves. Falam, ouvem, lêem e escrevem, têm vida própria, sofrimentos e alegrias, como todos nós.

Uma é tipo Robin Hood, dispara certeiríssima e está lá sempre, no momento - tem assim uma espécie de ubiquidade virtual espantosa.

Outra, não menos certeira, é mais calada e low profile, quase nem se dá por ela. Quando fala é com humor, a gente ri-se mas é melhor pensar bem no que foi dito.

A 3ª fugiu para o jardim, temporariamente cansada dos movimentos desgraciosos dos mamíferos.

A quarta é virtual mas a sua existência sente-se no respirar das outra 3.

É tudo gente espantosa, só vos digo. A net é incrível, tenho amigos estranhíssimos. E o mais estranho de tudo é que começo a perceber coisas como não saber como uma pessoa parece mas saber como é. E é boa, esta espécie de abstracção.

Fantástico.

Hélas!

9 comentários:

Blimunda disse...

Ora, minha amiga, há já algum tempo que tenho essa certeza. Desde que soube que te cabia na mochila, porque muito do que escrevo é o que sou, que soube como és. É perfeitamente possível senão mais verosímil a percepção da essência de alguém sem a obturação da embalagem.

Blimunda disse...

Tenho tanta pena que se tenha tornado numa quadratura de duas. Perdemos todos muito com o desfalque.

mac disse...

:), Bli. Mas é meio estranho. não é?

teresa g. disse...

A Mac é uma querida :))

Tinha uma colega que dizia que sabia que com os verdadeiros amigos podia estar em silêncio e isso nunca era tomado como amuo, desinteresse, afastamento...

Infelizmente no mundo virtual, em especial na blogosfera, não há muito espaço para o silêncio. Como eu disse à Bli há uns tempos (pessoalmente, e como foi bom conhecer-te pessoalmente!) ando numa de não ter grande vontade de falar, escrever, opinar, discorrer, mas isso não significa afastamento, até porque os bípedes desgraciosos são uma minoria e não valem a pena.

Por isso é bom sentir que estas estranhíssimas amizades da net, têm esse algo de verdadeiro, uma essência que passa além da superfície. Obrigada Mac!

Ah, e se as minhas amigas costumassem ir até ao outro lado, o dos preguiçosos, até vos podia pespegar no muro um dos meus frondosos vegetais, como forma silenciosa de expressar amizade e apreço! As vantagens não estão todas de um lado só :P

teresa g. disse...

E por falar em vegetais, ocorreu-me agora uma dúvida, onde está a horta de onde sobrou o resto da couve?
Desculpe a cusquice, Mac, se não quiser também não precisa responder :)

mac disse...

Nós estamos em todos os lados, teresa g., porque quando Maomé não vai à montanha, que remédio tem a montanha senão ir ter com o Maomé!
:)
A Folha de Couve, da qual este blog é o Resto, não é apropriada para estar em jardim público - era publicada para uma lista restrita.
Mas uma vez que sem culpa alguma entrou nessa lista após o falecimento da Folha, eu mando-lha se estiver interessada. Sem falsa modéstia, é óptima para se ter na biblioteca do WC...

teresa g. disse...

Eu também estou em todos os lados, Mac, mas mais visível do outro porque é mais fácil e mais ligeiro. Ou diferente, enfim, explicar isto dava pano para mangas.

Pois é, como jardineira que ainda sou, fiquei com curiosidade de conhecer a folha da couve ;)

mac disse...

Sim, daria para mangas e mangas de fatos de mangas compridas para polvos múltiplos, eu sei! :)

PS.:Já lhe mandei o primeiro zip - se a coisa pegar diga, que mando os restantes em mails separados - o zip total é demasiado grande!

Blimunda disse...

(...e como foi bom conhecer-te pessoalmente!) Faço das tuas palavras minhas, Tê.