Há qualquer coisa de mágico numa vida que se renova; é por isso que toda a gente gosta de bebés, sejam eles humanos, animais ou vegetais. Um bebé é a prova concreta que o mundo não acabou sem nós darmos por nada.
Por outro lado um bebé, apesar de coisa nova, é igualmente tão velho como a vida, pelo que a sua existência é também uma espécie de compromisso da Natureza que o mundo na sua essência se mantém compreensível.
Adicionalmente, o bebé com a sua fragilidade de recém-chegado a este vale de lágrimas, necessita de cuidados dos que já por cá choram e esta necessidade revitaliza a utilidade dos mais velhos, muitas vezes permitindo-lhes reencontrar o sentido da vida que perderam pelo caminho, afogado pelas mágoas do dia-a-dia.
Quem tem filho(s) sabe disto instintivamente, mesmo sem estas secas considerações. Quem já adoptou um animal bebé também, assim como quem já teve animais a nascer em casa. Os Jardins Zoológicos sabem-no perfeitamente, há anos. Os agricultores, ou quem tem uma horta, também.
Podem não ter escalpelizado a coisa de forma tão seca mas conhecem perfeitamente as promessas e consequências de uma nova vida, todos eles.
A mim nasceu-me um ananás, que querem? Quero lá saber que o Socas tenha ganho as eleições! Isso era de esperar, inesperado e mágico é ter um ananás no quintal. E não me venham com discursos eloquentes acerca da importância da política na vida-de-todos-nós. A importância das coisas não tem rigorosamente nada a ver com milagres.
Hélas!
6 comentários:
Concordo Mac. Também acho mais importante o milagre do seu quintal do que o PS ter ganho as eleições.
olha aqui :)
Obrigada, Alferes!
Maria de Fátima, o Luís compreende-me...
haja quem...
Maria de Fátima, não sejas invejosa que te fica mal.
Eu sabia que havia de encontrar o ananás.
Mas gostava disto mais explicadinho.
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