Tenho de voltar a ler o Kafka, mais exactamente a história do homem-barata.
Lendo outra e outra vez talvez perceba, porque eu acho que na realidade toda a gente é insubstituível. Claro que se pode viver sem uma pessoa, seja ela quem for, mas também se aprende a viver sem pernas e braços - alguém quer defender que são substituíveis?
Poder viver sem algo ou alguém não quer dizer que esse algo ou alguém não é insubstituível, quer dizer que o homem se habitua a tudo, como as baratas.
Ora batatas, voltei ao mesmo - quando li esta história pela primeira vez fiquei que tempos a pensar que a questão não era a família ter aprendido a viver sem o homem, a questão era o homem ter aprendido a viver barata.
Hélas!