quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Verdades, verdade...

Sempre acreditei e continuo a acreditar que a verdade é libertadora.

Mentiras médias, grandes logros ou mentirinhas da tanga não são mais que cadeias às quais acorrentamos a nossa vida; e a grossura das cadeias é proporcional à grandeza/importância da mentira.

Deste ponto de vista, o mais inócuo é a ausência de verdade - também é uma mentira, claro, mas é aquela que traz consigo as cadeias mais frágeis. E permite quase sempre a fuga do "Nem me lembrei de te dizer...".

Valha-me S. Teotónio! Porque lidamos tão mal com a verdade, a despida, real, inocente, incompleta, pura e brutal verdade?!? Porque julgamos insensatamente que a verdade que assumimos publicamente tem de ser intemporal? Afinal, não é preciso ser maldoso ou insensível, para dizer a verdade dessa hora.

Se a Verdade nem existe nunca para o Homem e todos sabemos que aquilo a que chamamos verdade não é mais que a nossa percepção da realidade, sempre toldada pelo conhecimento da altura, pelos humores da altura, pelas hormonas da altura, pelo sono dessa noite?!?

Bolas, dito isto, agora acho que não é bem com a verdade que lidamos mal, é mais com as nossas próprias imperfeições e incapacidades.

Hélas!

2 comentários:

Fátima Santos disse...

são sempre elas que impecilham o resto, Maria, não sabes disso?!

mac disse...

maria de fátima: Bem sei, bem sei... E também sei que a mais subtil das nossas incapacidades é mascarar-se com razões exteriores, mas... uma coisa é saber isso, outra é agir assim.

E não vivemos sózinhos e é igualmente verdade que uma mentirita pode poupar tanto sofrimento alheio...

Quem me dera SABER, de facto.

Hélas!