segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Não contes a ninguém

A história é velhinha e sempre gostei dela pelas mil situações diferentes em que se aplica e as mil personagens que já vi fazerem estes papéis (sem falar de outras ilações, mais periféricas mas também muito interessantes - assunto para outro artigo):

A rapariga, com uma barriga onde caberiam trigémeos, sussurra para a amiga:

- Sabes, estou grávida. Mas não digas nada a ninguém, é segredo, está bem?
- Eu não vou dizer a ninguém!

Confesso que por vezes não sei bem se alguma das personagens, ou ambas, pensa de facto que o segredo não pertence à praça pública. Mas tenho a certeza de que é a sensação de outros saberem que se possui informação priveligiada que lhes enche a alma. Mesmo que seja um segredo de Polichinelo, a sensação é importante para o seu bem estar. É por isso que não resistem a contar - arriscando o privilégio - mas pedem muito segredo - protegendo o privilégio

O Homem é um animal estranho, sem dúvida.

Hélas!

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