quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Dorme, meu menino, a estrela d'alva...


Eu não tenho nem ouvido nem voz, com grande pena minha.

Mas cantava isto baixinho à minha cria quando ela era pequenina - quando tinha sono, quando lhe doía a barriga e de modo geral sempre que ela se sentia incomodada, lá vinha o "dorme, meu menino...", mesmo que a intenção não fosse adormecer o bicho - era calmante. Reconfortante. Morninho, carinhoso...

É de uma suavidade extraordinária. Um toque de penas, presente mas leve, acolhedor e livre ao mesmo tempo. É mais ou menos como o fogo da lareira, estão a ver a sensação? Uma âncora de calor, confortante, não obrigatória e segura.

Definitivamente, a raça que concebeu uma canção assim tem alguma coisa de bom.

Hélas

7 comentários:

jg disse...

Não se iluda Mac, hoje, a miudagem já só lá vai com toques de telemóvel.
A voz materna já conta pouco...

Mofina disse...

Não ligue ao jg. Amiga, é isso mesmo!

Jaime Correia disse...

Ainda hoje eu oiço ou toco essa música de vez em quando, deve ter feito impacto ;)

Jaime Correia disse...

Robert A Heinlein : A pessimist is correct oftener than an optimist, but an optimist has more fun - and neither can stop the march of events.

Sejamos optimistas, no mínimo sentimos-nos melhor ;)

E de facto é das músicas que mais associo aos meus pais, tal como o seu autor, o grande Zeca Afonso que gosto muito apesar de já não ser do meu tempo. :)

mac disse...

jg, isso é o caruncho a falar.

Mofina, não podíamos ser só maus!

Jaime Correia, o Heinlein tem razão!

Marques Correia disse...

Tenho que ir à consulta da voz (!?) p'ra ver se volto a arranhar essa canção, uma das minhas preferidas.

mac disse...

Canta só, pá!