Surpreendentemente, este Natal foi bom.
Na consoada e pela primeira vez que me lembre, havia outsiders familiares, 3 ao todo. Ajudaram com grande empenho o espírito natalício a manifestar-se: duas fizeram calmamente um belo repasto para estar a sair lá pelas 21:00 quando eu chegasse a casa e o outro foi um convincente Pai Natal para a única criança pequena presente (acho que o catraio ficou com algumas dúvidas mas certezas não).
No dia de Natal, a matriarca foi levada a uma das casas da família onde o resto dos descendentes e afins se juntou; apesar de passar o tempo todo a dizer que tinha sido asneira, que estava muito cansada, que havia muito barulho e que queria era ir para a caminha, a verdade é que o seu ultimamente ausente sorriso se manteve...
E um dia inteiro depois ainda se lembrava da maior parte das coisas e pessoas - umas com fantasias à mistura outras sem fantasias mas a presença das pessoas ficou de alguma forma agradavelmente gravada, a embelezar-lhe o dia.
E os especiais que são cada vez mais únicos... Sempre mantendo o amor vigilante que ultimamente me mantém o nariz à tona da água, transmitiam uma serena alegria com pequenas lembranças, os pequenos nadas que são tudo, afinal.
Não se distraíram com a época confusa e cheia de solicitações e sempre que eu entrava em pânico lá estava um sorriso sereno e quente, uma graça que me fazia rir de mim própria, uma carícia no cabelo ou uns braços fortes para me abraçar - e eu sossegava e ficava novamente natalícia...
O Natal nunca cessa de me espantar.
Hélas!