sábado, 11 de abril de 2009

Cegarrega


Não quero o luar
de luz fugidia
Quero brincar
à luz do dia.

Quero alegrias,
Não quero tristezas,
Quero que rias
De tristes certezas.

Não quero sonhar
a Vida impossível
Quero é gozar
c'o medo terrível.

Não quero saber
Da luz das velas
Quero é viver
Com as sequelas.

Quero brincar
à luz do dia
Morte e declínio
Mas com ironia.

Hélas!

4 comentários:

Mofina disse...

Quero brincar
à luz do dia
Morte e declínio
Mas com ironia.


Que paradoxo!

mac disse...

Infelizmente.

Helena Velho disse...

mudástis? a couve? a idade?
ficamos mais sábias, mais sábias e com mais memórias.
Muitas amendoas!

mac disse...

Maria, acho que não mudei, será que mudei?
Experiências recentes alertaram-me para a infinita tristeza que deve ser esperar do futuro apenas a morte, num resto de vida que não é feliz... Amêndoas e ovinhos de chocolate também para si.