Detesto ser velha (vivida, para aqueles a quem a palavra velha choca); e não é pelas rugas, palavra de honra que não (agora com tanta porcaria que tomo, tenho até muito poucas!), é porque do tanto que já vi começa a faltar-me a esperança no que não vi.
Quando era mais nova, achava que cada caso era um caso, que nunca nada se repetia porque as pessoas e as circunstâncias não eram iguais e que era estúpido, derrotista e típico de uma velhice azeda encarar uma situação qualquer à luz do passado vivido.
Hoje sei que não é assim. Sei que apesar de cada caso ser um caso, há padrões que se repetem interminavelmente, normalmente os medíocres - malta que se aproveita sem vergonha alguma dos outros, pessoas feias e parasíticas que nem sequer são más, porque há uma grandeza perversa no Mal que não há nessa gente.
Isto chateia-me. Queria continuar com a visão otimista e cheia de esperança no futuro que tinha antes. Era tão realista como a de agora (ninguém conhece a realidade do coração dos homens...) mas muito mais construtiva.
2 comentários:
O futuro vai ficando tão curto que é de crer que haverá outro tempo para além do futuro...
Sei lá!
Mas facto, facto, é que o futuro é hoje!
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