Quero dizer de gentes de quem gosto.
Pessoas que não conheço em pessoa (que será que isto quer dizer, realmente?), só em alma ou virtual imagem, sabe-se lá mas eu prefiro alma. Até porque acho difícil projectar uma imagem consistente ao longo dos anos quando a consistência é construída, ao passo que a alma se revela até na forma como comentamos banalidades ao correr da pena.
Falam comigo em discurso directo. Discordo imensas vezes, até há algumas acesas discussões - poucas porque o meio e a cultura o desaconselham - mas há.
É estranho, malta que pela geografia e cultura nunca me baterá à porta mas com quem falo ao fim do dia.
Gente estranha, gente boa.
De repente tomo consciência do que acabei de dizer, "Gente estranha, gente boa" e vou mas é dormir, que daqui só sai asneira.
Meus irmãos, amigos, companheiros - presenciais, virtuais, imaginários, whatever, obrigada por tornarem a jornada menos solitária.
10 comentários:
ah! e sem cheiros, verrugas, peles de ventre, arrotos, dias uns menos do que outros...ah! nem imaginas como é fácil desse modo...
...e enquanto os "aturamos" vamos vendo os debaten, ouvindo as musicas preferidas, de headphones, para n incomodar os vizinhos. enquanto trocamos ideais, opiniões e outros q tais vamos mantendo o nosso espaço asséptico - imaculado.
-
será engano nosso o SEMtimento virtual?.....
e enquanto acompanhamos a evolução, acompanhamos o crescer do nosso individualismo mesmo que
mesmo que
debates*
Minha amiga "estranha e boa", deixo-te algo que escrevi em tempos em jeito de comentário a este teu texto.
"Estranho modo de ser este que nos aglutina os sentidos e nos destina a existências que não conhecemos e, ainda assim, nos preenchem e nos entregam àquilo que sempre suspeitamos não ter perdido. Que vidas separadas são estas que tanto se tocam e se imiscuem nos seus mais recônditos jardins proibidos? Como se de nada se acurasse, cuida-se o sentimento, apartado pela distância euclidiana e, contudo, alcançável ao toque da mão que se estica procurando amparo e equilíbrio. Não poucas vezes me questiono sobre a sanidade deste querer, deste sentir. Sei que sou eu que assim me sinto, ainda assim, são eles que conseguem orvalhar a aridez da minha alma com a sua sabedoria e grandeza de espírito. A dor da solidão minorou-se quando me viram sem me olhar e pespegou-se-me a sede insaciável de lhes penetrar na vida que não tenho e que é deles mas que me doam como se doa um sorriso a uma criança. Sei que vos tenho enquanto me quiserem. Sei que sou vossa enquanto mo permitirem. Estarei convosco para onde fôr e ver-vos-ei na beira das estradas que palmilhar. Limparei as lágrimas que se soltarem sabendo que é vossa a dor que me acanha o peito mas levantarei os olhos sem demora porque sei que vos terei quando acordar." http://quadratura-do-certima.blogspot.com/2009/07/estranho-modo-de-ser.html
Com cheiro, com verrugas, com lagrimas às vezes, com dor, ate com ataques de panico, e utras vezes com muita alegria, tudo depende
Mas, por cautela, não abra a porta à estranhos. Sobretudo se os estranhos tiverem um familiar.
Hoje fui ao Ikea e encontrei lá borboletas azuis (daqueles autocolantes para decorar as paredes). Tive que as trazer. Porque será? ;)
Maria de Fátima, pois é, aparentemente são só vantagens.
Mas só para gente que não tem grande necessidade de abraços, não é?
Choco, acho que não é engano. Não é SEM, é COM, mas diferente. Acho...
Bli, recordo-me, já nos conhecíamos. Plenamente de acordo, como (quase) sempre.
Privada, tudo depende, sim!
Mofina, temos de abrir. Pode o familiar deixar-nos uma rosa ou pode o estranho necessitar de uma rosa para o familiar.
Teresa, a sério? Vou lá no próximo fds, espero que ainda haja!
A sério :) Mas eu comprei em Matosinhos.
Enviar um comentário