sexta-feira, 18 de março de 2011

Desconversando


A desconversa é uma arte nobre. Muito difícil, extremamente difícil, eu não a domino e portanto é dificílima.

Frequentemente confundida com "conversa de tolo", não é tal. O tolo tem tendência a explicar-nos que Paris é em França. Um desconversador pergunta-nos se a lei francesa põe troianos na Bastilha... E não sorri nas nossas atabalhoadas explicações de que não há França; em vez disso, pergunta a seguir o que é que Esparta tem a ver com votos religiosos, explicando en passant que não é crente em nada.

Não há resposta que faça sentido numa desconversa, é uma arma mais poderosa que qualquer metralhadora e muito mais económica.

Nem percebi ainda se gosto dela ou não; mas é certo que me desconcerta.

3 comentários:

choco disse...

se ao menos ficasse num desconcerto, poderia até haver matiné, quiçá
:)

Blimunda disse...

Precisamente por ser uma arma não gosto dela.

mac disse...

Choco, boa verdade, boa verdade...

Bli, às vezes as armas são necessárias. Que não seja preciso matar é tudo o que peço...