Eu vinha para casa (mais precisamente, ia a caminho do parque de estacionamento onde está o carro que me levará a casa mas isto já são minudências), como sempre de olhos postos no chão, cega, a fitar as pedrinhas hipnóticas da calçada, a pensar na contingência da vida, nos gafanhotos e nas ameijoas de aquacultura, óptimas porque não têm qualquer areia, e nisto atropelei um poste.
Nasceu ali, sem qualquer aviso e à sorrelfa; aposto que mantém a contagem dos palermas que chocaram com ele, que isto agora já não há respeito nem por parte dos postes.
Uma coisa leva a outra, já sabemos o caminho destas coisas portanto deixo aqui apenas a pergunta final de um longo caminho muito lógico (entretanto entrei no carro e fiquei novamente hipnotizada, desta vez a ouvir o Nabucco):
Porque diacho é que toda a gente acha o pôr-de-sol no mar mais bonito?
Hélas!
8 comentários:
queres tu dizer que em vez de "ver as estrelas" viste UMA estrela a "ocasionar" no mar?
que giro!!! que original!!!
Um dia bati num poste em Santa Catarina nos anos 80 , depois de me terem avisado que a miuda que estava a galar, era o travesti mais giro da zona. Ainda havia o chico fininho. :-)))))))
Espero que o poste não tenha levantado ondas no preenchimento da declaração amigavel ao seguro.
Mas lá se pode ver o pôr-de-sol, em Portugal, sem ser no mar?
Hélas!
Toda a gente que tem por hábito atropelar postes. É sabido que quando o sol se põe no mar não faz doer a testa!
eu adoro os comentários desta Blimunda: nem sei se é porque os acho em acordo com os seus postes (seus, de si, cunhada) se é porque não percebo (também) nada do que dizem
E deixe que diga, que os comentários da Blimunda são o meu grande atractivo neste blog
A amiga Maria de Fátima é uma poeta com P maíusculo. Não se auto-estime dizendo que não percebe as palavras que empresto à caixa de comentários da nossa querida Mac. Pois se elas não são de quem as escreve mas de quem as lê.
Já agora, permita-me que lhe retribua o mimo que me fez. Sim, porque para mim fê-lo. Eu adoro tudo o que escreve e não perco uma só das palavras que são minhas apesar de sairem do seu teclado.
Temos couves para si lá no blog.
Eu já atropelei postes, barriga de homem, e ia partindo o nariz numa porta de vidro de uma loja
Maria de Fátima, não sejas assim que te fica mal.
E eu também adoro a Blimunda!!
Privada, ai, o Chico Fininho, ai, ai... O travesti valia a cabeçada?
jg, o poste ficou mudo e quedo. O malandro fez de conta que não sabia ler nem escrever.
Blimunda, vero, veríssimo!
Sapfou, o que eu gostei do meu retrato! Há papparazzi muito simpéticos.
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