O colchão tem um poder fantástico - e aviso já que quem leu o título com um olhar concupiscente pode ir tomar a bica que hoje o assunto não é esse.
Dizia eu que a cama tem poderes. Descansa e relaxa. Proporciona o esquecimento que tantas vezes buscamos, um alívio da vida, um intervalo no raciocínio. Repõe forças perdidas, sonhos perdidos e esperanças perdidas - é assim uma espécie de são-bernardo da vida, com reconstituintes poderosos ao pescoço.
A almofada, por sua vez, passa a noite a encontrar soluções simples de problemas complexos; enquanto o corpo repousa e retoma energia, a almofada vai cogitando na melhor maneira, a mais eficaz, a mais eficiente, de resolver o problema perene de estar vivo. E aconselha-nos com bons conselhos, embora a malta não oiça porque está a dormir.
Por isso, o verdadeiro sono é aquele que se tem na cama, aconchegado no lençol, a cabeça apoiada na diligente almofada e o corpo no carinhoso colchão.
Há anos que sei disto, devo ser muito inteligente. Ou muito estúpida, porque sabendo disto há anos, teimo em não dormir o suficiente.
Hélas!
7 comentários:
A cama, às vezes, tem também areias e alfinetes.
não foi por aqui que escrevi "matreiro"?
que raio se passa, heim?!
ai de mim...cruzo informação e baralho-me :)
Blimunda, sim, é verdade. Mas é areia da praia onde estivémos de manhã, e os alfinetes são da blusa nova, quando a tirámos da embalagem...
Maria de Fátima, a isso chama-se senilidade, eheheh...
Para quê dormir? Basta sonhar...
Obrigada amiga e boa Primavera!
Mofina, Sonhar, ah!, sonhar... Boas estações para si também.
Curti bué essa de que a malta não ouve os bons conselhos da cama porque ... está a dormir!
Essa é muito bem metida!!!
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