Há uns anos largos, passou-me esta fotografia pelos olhos e guardei-a. De vez em quando, quando há coisas que me aborrecem de forma intensa, volto a olhar para ela, para verificar se o que me aborreceu é de facto importante; raramente é.
O que me toca nesta imagem não é a morte, é o abandono do corpo. E quando o corpo é infantil, o seu abandono é igualmente o abandono da esperança.
Nem o carinho de embrulhar o seu corpo num jornal velho esta criança teve. Eu, que tenho tanto, poderei ao menos viver a vida com alegria. Também em sua honra.
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