De repente deu-me uma coisa, assim tipo martelo, acontece.
A gente diz assim e assado, com sorte alguém replica frito e cozido, com azar ninguém diz nada.
Quem diz, bom, desopilou a cachimónia, explanou como pode as suas razões e desencheu o saco. Resultados práticos: zero.
Quem ouviu/leu, bem, divertiu-se, ficou vagamente interessado e a leitura fez passar 5 minutos de tempo morto. Resultados práticos: zero.
Não tenho a certeza mas estou convencida que os resultados não se alteram quando o caixote é de alguém muito público e muito conceituado, tipo Abrupto.
E aqui é que bate o ponto: é mais ou menos consensual que a blogosfera é hoje influente na vida real. Mas será, realmente? Ou o que é influente é apenas o que sempre foi, a opinião influente de alguns? Tresantontem na Radio, anteontem no Jornal, ontem no Jornal e na TV, hoje no Jornal, na TV e na Net - mas sempre os mesmos interlocutores, a servirem-se dos meios disponíveis em cada momento.
Alguém acha, realmente, que as pessoas se informam mais e pensam mais por si próprias?
Ou, como penso, incluir a blogosfera como parceiro interessado e válido é apenas uma visita de feira, beijinhos nos bebés e nas velhotas, ajustada a esse determinado nicho de mercado?
Hélas!
Hélas!
5 comentários:
qué que esperavas?!
Esperava que toda a gente, ao contrário de mim, crescesse e se tornasse adulto.
E tu, que esperavas da vida?
No que toca a informação e a opiniões, és capaz de ter razão.
Talvez só ouçamos as vozes que nos interessam, digo eu.
Mas há blogs que nos obrigam a pensar e é essa panóplia que é interessante, pelo menos para mim.
Não será a vital necessidade de nos fazermos ouvir e notar que nos faz entrar nestas realidades virtuais? Os docinhos que nos ofertam em forma de comentários são a cereja no topo do bolo. Digo eu, cos nerves...
marta, para mim também. Pena não ser influente.
Blimunda, é verdade! Pena não ser influente.
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