segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O eterno presumido inocente


Voltou para o BCP.

Armando Vara “não vai trabalhar para o banco, mas sim para empresas participadas pelo banco”, revelou ao PÚBLICO fonte oficial do BCP" (suponho que terá afirmado isto tudo com um ar sério e cândido). "(...) irá continuar a receber o salário bruto mensal de trinta mil euros que tinha enquanto administrador."*

Este país onde vim cair é, no mínimo, estranho. Uma notícia destas é publicada e nada acontece... O homem lá fica, feliz com o seu ordenado de administrador embora "não trabalhe" para o Banco.

Aparentemente, os clientes dão tanta importância à sua face oculta como deram aos fundos da PRP, isto é, nenhuma. Presumido inocente até ser condenado, certo? Já agora, mais vale ser inocente com um ordenado chorudo que culpado e sem ordenado nenhum, diria um velho amigo se ainda por cá andasse.

Hélas!


*[Público]

5 comentários:

Miguel Lopes disse...

Manter o povinho na mais bruta das ignorâncias há de ter as suas vantagens, não é???

:\

Blimunda disse...

Este pais é um desconsolo e não pressinto chamego possível.

Blimunda disse...

Bem, seja de que forma for, o anjinho papudo já auferia os mesmos milhares no seu lindo papel de demitido ou suspenso ou o raio que os parta, ou seja, sem fazer coisa nenhuma, o que não será muito diferente do que vai fazer a seguir mas...está certo.

mac disse...

Miguel, bem vindo ao quintal.

Chateia-me ainda mais que aparentemente as pessoas gostem de ser mantidas na ignorância -"eles lá sabem", dizem-me com ar entendido.

Blimunda, Não sei bem se é este país ou esta raça... Há fortes indícios que apontam para a 2ª hipótese.

Olha, acho muito diferente auferir o ordenado enquanto está suspenso, de trazer o dito para casa como se fosse fruto de trabalho honesto.
E acho diferente estar suspenso e sem actividade de estar activo, livre que nem um passarinho para fazer o que quiser; ao abrigo das suas funções activas e publicamente sancionadas, é claro.

Blimunda disse...

Pois...não tinha pensado na coisa por esse prisma. Coberta de razão, como sempre.