Hoje dói-me tudo.
O que disse e o que não disse. O que me disseram e o que não me disseram. O que pensei e o que julgo que outros pensaram.
Dói-me não conseguir comunicar o que penso e não compreender o que me dizem.
Dói-me não conseguir traçar a linha concreta entre aquilo que sou capaz mas não me dá jeito e aquilo que realmente não sou capaz por muito que me esforce.
Dói-me não ser capaz nem de abdicar do que quero nem de fazer o que é necessário ser feito para ter aquilo que quero.
Dói-me o mundo e a minha existência nele.
Há dias em que a minha vontade é deitar toda a gente fora, à excepção dos que fazem parte de mim. Claro que depois ficava uma couve sem interesse até para esses mas que interessa?!? Eu seria mais feliz ou, pelo menos, menos incomodada; eles que se tramem, já que gostam de mim.
Depois lembro-me que este tipo de dependência dá sempre asneira e lá voltamos ao mesmo.
Dói-me nunca haver repouso, dói-me que o sossego que me apetece seja morto, podre. Dói-me saber que a vida saudável nunca tem sossego mesmo sabendo também que há felicidade nesse carrocel... Dói-me e não me adianta nada saber que só aos mortos não doi.
Isto é só coisas que me ralam.
Hélas!
13 comentários:
Alegre-se querida Mac.
Não há vida nem pessoas saudáveis. A menos que nunca tenham sido devidamente examinadas.
Hélas!!!!
Realmente jg, a saúde é bem capaz de ser uma miragem.
E sossego sem cheirar mal, isso existe?
Hoje recebi um mail com muita coisa, incluindo uma frase que já não lia há muito tempo:
A vida não é acerca de esperar que passem as tempestades... é acerca de aprendermos a dançar enquanto chove.
Para que nos serve a vida se estivermos constantemente à espera que ela melhore para começarmos a vivê-la?
Ainda por cima, podemos sempre ir dando um jeitinho para que a chuva caia um bocadinho mais para lá ou que, se não mudar ela, mudamos nós de sítio, um bocadinho que seja...
Dói-me não conseguir comunicar o que penso e não compreender o que me dizem.
Estou em crer que esta é a maleita mor. Atrás dela vêm todas as outras em carreirinha.
Marques Correia, não conhecia mas parece-me uma óptima filosofia! Faz-me pena de não saber dançar nem em dias de sol... Mea culpa, eu sei.
Blimunda, é uma chatice mas é mesmo assim.
Se é que adianta alguma coisa para doer menos, é só para saber que ando por aqui, uns dias com mais dor do que outros. Estamos todas/todos no mesmo barco. E garanto-lhe que consegue comunicar, pelo menos connosco. Um enorme beijo da Saphou nhó nhó.
Ao menos o JG chama-lhe querida, a mim nem me aparece. Já é bom. Ou não será? A Blimunda é que conhece o Jardim Gonçalves da Barra.Parece que tem um alto cargo político.
É cacique, é a buzz word.
E quem tem um Marques Correia tem tudo, já viu esta bela foto com a toalha de mesa na moleirinha?
Toalha de mesa, my ass!
Trata-se de equipamento legítimo comprado no Abu Dhabi.
Por acaso, já o usei como toalha de mesa, é verdade...
Saphou, tu sabes que a companhia, infelizmente, não mitiga as dores; dói ainda mais, saber que há tantos outros com dores, não é?
Mas eu acho que não estamos todos no mesmo barco, estamos todos no mesmo mar bravio com as nossas pessoais canoas, isso sim.
E o jg é um tipo carinhoso, Saphou...
Quanto ao Marques Correia, confesso que gosto da toalha na moleirinha. Mas havias de ver o riso com que ri das ondas do mar bravio!
Aquele riso dá a volta à cabeça de uma rapariga.
Equipamento legítimo my ass que eu comprei um e sei a diferença!
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