quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Dezembro


Porque é que eu gosto de Dezembro? Porque o amor é sempre à borla e Dezembro é o seu mês. Mal ou bem - acho que bem - o Natal, de alguma forma, incentiva e potencia acções boas e desinteressadas.

Não perfilho a famosa teoria de que tudo o que fazemos é por nós próprios e se amamos à borla ou fazemos qualquer coisa intrinsecamente boa é porque não o fazer é mais desconfortável para nós.

Acho que isso não passa de uma racionalização (arte tão cara ao Homem) que desculpa eficientemente as nossas constantes manifestações de egoísmo. Ou seja, "não posso deixar de ser egoísta porque o egoísmo é a nossa natureza, mesmo quem se sacrifica por qualquer coisa faz isso por puro egoísmo. Mas ao menos eu sei disso..." (que inteligente que sou! - um bónus, não a razão primária)

O Bem existe. Bondade, desinteressada e altruísta, existe. Sem rasto de egoísmo, existe.

Eu sempre, sempre, desde catraia tontinha até hoje, sempre disse que há presentes envenenados.
Lamento, confrades egoístas como eu: não é "Natureza", é a nossa escolha, consciente ou inconsciente.

Tenhamos ao menos a galhardia de o reconhecer.

Sem comentários: