Relendo os Maias, a contra gosto reforço a minha convicção de que um adulto não deve reler os livros de que gostou na adolescência.
O Eça não é tão bom escritor como o pintava a minha fraca memória.
porque uma Folha já está escrita.
Agradece-se adubo, chuva,
caça às ervas daninhas
e outros subsídios
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
Casamento e descasamento
Eu não gosto do Daniel Sampaio e normalmente não leio a sua crónica semanal da Pública. Mas passo sempre os olhos por ela e penso "lá está este com a mesma conversa de sempre, sempre o mesmo discurso altissonante, insosso e sem vida para pais, filhos e escola, que seca"; de forma algo retorcida, o facto de eu passar sempre por lá mesmo que seja para não ler deve querer dizer alguma coisa mas o psiquiatra é ele.
Bom, desta feita li o artigo. Deve ter sido por ele não falar das coitadinhas das criancinhas que a sociedade se dedica a estragar com gosto nas muitas horas vagas de que dispõe e, em vez disso, falar de forma razoável sobre casamento, divórcio, amor e vida diária...
A palavras tantas, diz ele: Em derradeira análise, há pessoas "casadas consigo próprias", porque o companheiro(a) é uma parte de si mesmo, não tem existência como pessoa.
Conheço casamentos destes. Caraças, este gajo até parece saber do que fala, quando se esquece de ser politicamente correcto.
sábado, 3 de setembro de 2011
Ó mar salgado
Lavo a vista com o meu amor eterno.
Com pouco esforço posso imaginar que o suave marulhar das ondas é uma alegre canção de boas vindas e que aquela mole imensa saúda com carinho o meu regresso a casa, ainda que por pouco tempo.
Noutra encarnação terei certamente a minha casinha à beira do mar. Serei embalada todas as noites pelo seu murmurar de tempos antigos e todas as manhãs as suas cores luminosas me alegrarão.
Quando vier a borrasca e ele se levantar em ondas terríveis de força desconhecida e indiferença cega, irei à janela para aprender como é a vida.
Quando me vier embora não trago nada comigo - tudo o que eu pudesse carregar nos bolsos seria finito, morto, triste. Não, quando me vier embora trarei apenas na lembrança aquele azul único e um som que, com pouco esforço, é uma alegre canção de boas vindas.
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